segunda-feira, 28 de julho de 2008




Nossa liberdade


Mesmo solitários, não deixamos de ser duas partes, uma, deseja ficar em profundo silêncio, outra quer gritar ao mundo o desejo de amar. Mesmo doentes, não deixamos de ter dois desejos, um quer a cura imediata, sair da prostração, outro quer permanecer cercado de cuidados, atenção... Mesmo perdidos em nossos devaneios, não deixamos de desejar dois destinos, um quer a glória passageira da fama, outro quer apenas a vitória sobre nossos dramas, ser feliz no anonimato do tempo. Somos assim, concâvo e convexo, luz e escuridão em uma mesma alma, uma parte que ri de qualquer coisa, e outra que chora por nada.
Contradição e certeza, amor e desinteresse, paz e guerra, desejos e saciedade.
Estranhos personagens que habitam em nós,
nessa novela chamada vida.
Por isso, não se estranhe! Viva cada momento da sua vida com intensidade, lembre-se mais das coisas boas, e por favor, esqueça-se dos maus momentos. Aposente as dores, distraia a ilusão, faça um trato com o amor, e ame muito, e mais do que nunca, esqueça qualquer rancor, perdoe todas as ofensas, toda as pessoas, as que já fizeram algo que você não gostou, e aquelas que ainda nem erraram. Seja livre! Tudo só vale a pena com a liberdade, até para dizer que quer ficar preso ao velho amor, preso ao velho emprego, preso ao velho sonho, preso em você. Isso é liberdade total! Essa capacidade de dizer que se ama e que vale a pena, "ser feliz é uma doce prisão da nossa liberdade
de ser simplesmente o que somos! "


Paulo Roberto Gaefke

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