quinta-feira, 31 de julho de 2008

OO SONHO DA BAILARINA

O espetáculo vai começar!
Abrem-se as cortinas.
Ao ouvir a música
envolvida em pensamentos
começo o bailado da vida.
Rodopio pelo palco
imagino o amor chegando
na ponta dos pés vou bailando.
Sinto o coração acelerar
olho a platéia em silêncio
e não vejo meu amor.
A música vai terminar
o sonho chegando ao fim
neste bailado da vida.


Adélia Mateus


Valeu a pena?



Um dia você vai ver que não VALEU A PENA tanta correria, para ganhar dinheiro e não usufruir.
Vai ver que o tempo passou e o cansaço tomou conta do seu corpo.
Vai ver que mesmo rodeado de muita gente, você se sente só.
Um dia você vai recolher-se no quarto e vai ter vontade de abraçar o travesseiro, porque não sobrou ninguém para abraçar.
Vai ver que foi entrando numa roda viva, você viu que não é mais dono do tempo que dizem que é seu e que não pode cede-lo a qualquer um.
Vai ver que o carro já está se tornando um problema, e não um conforto, o telefone é chato, a gravata incomoda é... por mais que tente se livrar de tudo, é um escravo invejado por muitos.
Vai ver que não VALEU A PENA os anos sem férias, sem descanso.
Vai ver que não tem mais ilusões, e a esperança anda com vontade de dormir, um dia você vai ver que passou pela vida sem viver.
Frequentou o mundo sem saber porque, rodou, rodou, rodou, e não saiu do lugar, pensou que foi, mas ficou.
Teve tudo e não sentiu nada.
Um dia você verá que o tempo escoa tão rápido como a areia fina pelos seus dedos.
Vai ver que resta parar e gritar :
"CHEGA" !!!
Vai ver que é hora de sorrir, de amar, de ser da família, de misturar-se com as crianças e dar a mão ao próximo.
Antes que seja tarde demais...
SEJA FELIZ!
(da)
Abraços


Meus irmãos.


Hoje meu grito supera minhas perdas pessoais. Eu tenho escrito de sofrimentos, de algumas lutas e algumas conquistas.

Claro que a vida precisa seguir seu rumo, que ainda que eu tente fazer alguma obra social nunca será o bastante.

Hoje rogo aos amigos: Não apenas a leitura, mas uma visualização das fotos.

Vivemos num País abençoado. Rios, florestas e uma abundância que se pode tirar do solo fértil.

Há fome? Desemprego? Violência?

-Sim há.

Crianças em situação de risco, famílias em desamparo.

Aqui, nesse País de tantas riquezas se morre pela má vontade humana e de alguns governantes. Matamos todos os dias com nosso egoísmo e comodismo o sonho de muitos brasileiros.

Hoje abro o arquivo mais triste da minha existência, divido com os amigos a dor da impotência diante das imagens tão marcantes capazes de comover o coração mais duro.

Somos todos filhos de Deus?

Somos sua imagem e semelhança?

Olhem meus amigos, pelo amor de Deus Olhem essas crianças!

São nossos irmãos não importando a nacionalidade, se Deus é único somos uma única irmandade.

Aqui lanço um desafio, quem tiver uma imagem igual a essas de alguma criança brasileira poste e comente. Repreendam-me. Mas não se cale.

Não falo da fome de um dia, ou de algum item que falta no almoço ou no jantar.

Em verdade eu nada falo apenas me pasmo a olhar e tentar de todas as formas unirem numa grande corrente de amor, para que nosso Brasil não se torne uma África de abandono e desamor. E que com nossas lutas possamos um dia levar ao povo africano tão sofrido um pouco do que conseguimos com nossas lutas mudar essa realidade que grita.

O grito mais triste que o mundo já ouviu: Abaixo a ganância!

Abaixo a sobrevida.

Vamos levar amor onde a fé foi perdida.


Autora: Clara Arruda

BORDANDO

Quando eu era pequeno, minha mãe

costurava muito.

Eu me sentava no chão, brincando perto dela,

e sempre lhe perguntava o que estava fazendo.

Respondia que estava bordando.

Todo dia eram as mesmas perguntas

e a mesma resposta.

Observava seu trabalho de uma posição

abaixo de onde ela se encontrava sentada

e repetia:

"Mãe, o que a senhora está fazendo?"

Dizia-lhe que, de onde eu olhava,

o que ela fazia me parecia muito estranho

e confuso.

Era um amontoado de nós e fios

de cores diferentes, compridos, curtos,

uns grossos e outros finos.

Eu não entendia nada.

Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente

me explicava:

"Filho, saia um pouco para brincar

e quando terminar meu trabalho eu chamo você e o coloco sentado em meu colo.

Deixarei que veja o trabalho da minha posição”.

Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo:

"Por que ela usava alguns fios de cores escuras

e outros claros?”

"Por que me pareciam tão desordenados

e embaraçados?"

"Por que estavam cheios de pontas e nós?"

"Por que não tinham ainda uma forma definida?"

"Por que demorava tanto para fazer aquilo?"

Um dia, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:

"Filho, venha aqui e sente em meu colo"

Eu sentei no colo dela e me surpreendi

ao ver o bordado. Não podia crer!

Lá de baixo parecia tão confuso!

E de cima vi uma paisagem maravilhosa!

Então minha mãe me disse:

"Filho, de baixo, parecia confuso

e desordenado porque você não via que

na parte de cima havia um belo desenho.

Mas, agora, olhando o bordado

da minha posição,

você sabe o que eu estava fazendo".

Muitas vezes, ao longo dos anos,

tenho olhado para o céu e dito:

"Pai, o que estás fazendo?"

Ele parece responder:

"Estou bordando a sua vida, filho."

E eu continuo perguntando:

"Mas está tudo tão confuso... Pai,

tudo em desordem. Há muitos nós,

fatos ruins que não terminam

e coisas boas que passam rápido.

Os fios são tão escuros.

Por que não são mais brilhantes?"

O Pai parece me dizer:

"Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim... e Eu farei

o meu trabalho. Um dia, colocarei você

em meu colo e então vai ver

o plano da sua vida da minha posição."

Muitas vezes não entendemos

o que está acontecendo em nossas vidas.

As coisas são confusas, não se encaixam

e parece que nada dá certo.

É que estamos vendo o avesso da vida.

Do outro lado, Deus está bordando...


Desconheço o autor