quinta-feira, 31 de julho de 2008
Valeu a pena?
Meus irmãos.
Hoje meu grito supera minhas perdas pessoais. Eu tenho escrito de sofrimentos, de algumas lutas e algumas conquistas.
Claro que a vida precisa seguir seu rumo, que ainda que eu tente fazer alguma obra social nunca será o bastante.
Hoje rogo aos amigos: Não apenas a leitura, mas uma visualização das fotos.
Vivemos num País abençoado. Rios, florestas e uma abundância que se pode tirar do solo fértil.
Há fome? Desemprego? Violência?
-Sim há.
Crianças em situação de risco, famílias em desamparo.
Aqui, nesse País de tantas riquezas se morre pela má vontade humana e de alguns governantes. Matamos todos os dias com nosso egoísmo e comodismo o sonho de muitos brasileiros.
Hoje abro o arquivo mais triste da minha existência, divido com os amigos a dor da impotência diante das imagens tão marcantes capazes de comover o coração mais duro.
Somos todos filhos de Deus?
Somos sua imagem e semelhança?
Olhem meus amigos, pelo amor de Deus Olhem essas crianças!
São nossos irmãos não importando a nacionalidade, se Deus é único somos uma única irmandade.
Aqui lanço um desafio, quem tiver uma imagem igual a essas de alguma criança brasileira poste e comente. Repreendam-me. Mas não se cale.
Não falo da fome de um dia, ou de algum item que falta no almoço ou no jantar.
Em verdade eu nada falo apenas me pasmo a olhar e tentar de todas as formas unirem numa grande corrente de amor, para que nosso Brasil não se torne uma África de abandono e desamor. E que com nossas lutas possamos um dia levar ao povo africano tão sofrido um pouco do que conseguimos com nossas lutas mudar essa realidade que grita.
O grito mais triste que o mundo já ouviu: Abaixo a ganância!
Abaixo a sobrevida.
Vamos levar amor onde a fé foi perdida.
Autora: Clara Arruda
BORDANDO
Quando eu era pequeno, minha mãe
costurava muito.
Eu me sentava no chão, brincando perto dela,
e sempre lhe perguntava o que estava fazendo.
Respondia que estava bordando.
Todo dia eram as mesmas perguntas
e a mesma resposta.
Observava seu trabalho de uma posição
abaixo de onde ela se encontrava sentada
e repetia:
"Mãe, o que a senhora está fazendo?"
Dizia-lhe que, de onde eu olhava,
o que ela fazia me parecia muito estranho
e confuso.
Era um amontoado de nós e fios
de cores diferentes, compridos, curtos,
uns grossos e outros finos.
Eu não entendia nada.
Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente
me explicava:
"Filho, saia um pouco para brincar
e quando terminar meu trabalho eu chamo você e o coloco sentado em meu colo.
Deixarei que veja o trabalho da minha posição”.
Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo:
"Por que ela usava alguns fios de cores escuras
e outros claros?”
"Por que me pareciam tão desordenados
e embaraçados?"
"Por que estavam cheios de pontas e nós?"
"Por que não tinham ainda uma forma definida?"
"Por que demorava tanto para fazer aquilo?"
Um dia, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:
"Filho, venha aqui e sente em meu colo"
Eu sentei no colo dela e me surpreendi
ao ver o bordado. Não podia crer!
Lá de baixo parecia tão confuso!
E de cima vi uma paisagem maravilhosa!
Então minha mãe me disse:
"Filho, de baixo, parecia confuso
e desordenado porque você não via que
na parte de cima havia um belo desenho.
Mas, agora, olhando o bordado
da minha posição,
você sabe o que eu estava fazendo".
Muitas vezes, ao longo dos anos,
tenho olhado para o céu e dito:
"Pai, o que estás fazendo?"
Ele parece responder:
"Estou bordando a sua vida, filho."
E eu continuo perguntando:
"Mas está tudo tão confuso... Pai,
tudo em desordem. Há muitos nós,
fatos ruins que não terminam
e coisas boas que passam rápido.
Os fios são tão escuros.
Por que não são mais brilhantes?"
O Pai parece me dizer:
"Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim... e Eu farei
o meu trabalho. Um dia, colocarei você
em meu colo e então vai ver
o plano da sua vida da minha posição."
Muitas vezes não entendemos
o que está acontecendo em nossas vidas.
As coisas são confusas, não se encaixam
e parece que nada dá certo.
É que estamos vendo o avesso da vida.
Do outro lado, Deus está bordando...
Desconheço o autor
terça-feira, 29 de julho de 2008
Simplicidade, felicidade
Simplicidade... Simplicidade... ser como as rosas, o céu sem fim, a árvore, o rio... pôr que não há de ser toda gente assim?
Ser como as rosas: bocas vermelhas que não disseram nunca a ninguém que tem perfumes... Mas as abelhas e os homens sabem o que elas tem!
Ser como o espaço que é azul de longe de perto é nada... Mas quem o vê -árvores, aves, olhos de monge...- busca-o sem mesmo saber por que.
Ser como o rio cheio de graça que move o moinho, dá vida ao lar fecunda as terras... E, rindo, passa, despretensiosas, sempre a cantar.
ou ser como a árvore: aos lavradores dá lenha e fruto, dá sombra e paz dá ninho as aves: ao insecto, flores... mas nada sabe do bem que faz.
Felicidade - sonho sombrio! Feliz é o simples que sabe ser como o ar, as rosas, a árvore, o rio: simples, mas simples sem o saber!
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Costuma-se dizer que ninguém pode escolher a família em que nasce. Mas é possível selecionar os amigos, que são como a extensão da vida. A amizade, um dos sentimentos mais nobres que existem, nasce de forma espontânea, pura e vai se desenvolvendo até chegar à maturidade. Caracteriza-se por uma afinidade muito grande com alguém, baseada no amor, no carinho, na ternura, no respeito, na compreensão, na troca e na ajuda. É um sentimento muito sincero, que não depende da idade, de dinheiro e de posição social.
O amigo é um dom precioso. A própria Bíblia diz que "quem encontrou um amigo encontrou um tesouro". A amizade é um sentimento limpo, verdadeiro e profundo. Instiga a pessoa ao apoio e ao incentivo, quando as coisas estão bem. E à correção, com muito jeito e carinho, quando estão erradas. Amigo é aquele que está sempre presente, que adivinha o pensamento do outro, sem melindrá-lo; que é sincero e faz da amizade um ponto positivo na vida.
No relacionamento diário, entra-se em contato com muitas pessoas. Mas o amigo torna-se alguém diferente, especial e único. E visto com outros olhos - uma pessoa por quem a gente torce, vibra e sofre. Está presente nos bons e nos maus momentos; é amado e tratado com muita sinceridade. Além da afinidade, a amizade sólida baseia-se no convívio, na compreensão e na manifestação desses sentimentos profundos. . Por essa razão, é um processo. Não nasce pronta. A relação deve ser construída e trabalhada dia a dia, por ambas as partes, porque exige reciprocidade. E como cultivar uma planta que, se não for regada com freqüência, morre.
A amizade, quando não cultivada, desfalece, esfria e acaba.
Quem gosta de outra pessoa não deve ter orgulho. Quando se é amigo, releva-se os defeitos e até o gênio difícil e a impaciência do outro. A compreensão é uma característica da amizade. Os sentimentos são livres e descontraídos, expressos sem cobranças. Numa grande amizade, as pessoas são fiéis. Ao amigo se fazem confidências, que, às vezes, não foram feitas a ninguém. Há uma entrega do que se é, pois não há traição nem mesquinharias. O amigo sempre está pronto para tudo e se pode contar com ele em qualquer momento ou situação de vida.
Mais que um irmão, o amigo é a oportunidade que Deus dá a cada um para encontrar sua metade. Com ele, a pessoa pode se revelar verdadeiramente: dizer não, sem medo de ferir; sim, sem medo de bajular; e as verdades, sem medo de ofender. Isso porque se acredita na amizade, por ela ser isenta de paixão. Num relacionamento assim, não existe inveja, orgulho, rancor ou grandes mágoas. A verdadeira amizade é eterna, como o amor.
Com o amigo, inexiste a censura e o medo de ser por ele conhecido a fundo. Nesse relacionamento, tudo vem à tona: as fraquezas, os limites, os defeitos, mas também as grandezas de alma e os aspectos positivos. Tudo é aceito, partilhado e vivenciado para o crescimento de ambos.
A amizade é uma ligação espiritual, que deixa a impressão de que sempre se conheceu o amigo. Isso ocorre porque ele preenche a outra metade da pessoa. Da mesma forma que se encontra o amor, encontra-se também o amigo. Trata-se de uma preferência de identificação, de carinho, de ternura e de vontades.
Atualmente, existem poucas pessoas que têm amigos e se fazem amigas. Há, também, as que vivem no seu próprio mundo, em que ninguém entra. Outras, por timidez, insegurança ou desconfiança, temem se arriscar, privando-se de uma das melhores coisas que Deus criou. Aqueles que são profundamente infelizes com certeza não conseguiram experimentar a alegria de uma verdadeira amizade. Não se abriram para o outro e morrerão sufocados pelo seu egoísmo.
A infelicidade existente no mundo resulta da incapacidade de as pessoas criarem vínculos de amizade e confiarem nas outras. Elas pensam só em si mesmas, revelando um egoísmo exacerbado. Não se dão ao trabalho de tentar construir uma amizade. Não se arriscam. Preferem ficar sozinhas. Há uma carência de sentimentos positivos relacionados às outras pessoas. Por que é tão difícil alguém encontrar o lado positivo do outro?
Quando os homens descobrirem o valor da amizade, a vida se tornará melhor, porque vale a pena sentir a felicidade de contar incondicionalmente com alguém.
Maria Helena Matarazzo
Voar sem temer a liberdade.
Talvez não voemos com asas como fazem os pássaros...
Dar Sem Esperar Receber
Havia uma pequena aldeia onde o dinheiro não entrava.
Tudo o que as pessoas compravam,
tudo o que era cultivado e produzido por cada um, era trocado.
A coisa mais importante, a coisa mais valiosa, era a amizade.
Quem nada produzia,
quem não possuía coisas que pudessem ser trocadas por alimentos,
ou utensílios, dava seu CARINHO.
O CARINHO era simbolizado por um floquinho de algodão.
Muitas vezes, era normal que as pessoas
trocassem floquinhos sem querer nada em troca.
As pessoas davam seu CARINHO pois sabiam que receberiam
outros num outro momento ou outro dia.
Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia,
convenceu um pequeno garoto a não mais dar seus floquinhos.
Desta forma, ele seria a pessoa mais rica da cidade
e teria o que quisesse.
Iludido pelas palavras da malvada, o menino,
que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia,
passou a juntar CARINHOS e em pouquíssimo
tempo sua casa estava repleta de floquinhos,
ficando até difícil de circular dentro dela.
Daí então, quando a cidade já estava praticamente sem floquinhos,
as pessoas começaram a guardar o pouco CARINHO que tinham
e toda a HARMONIA da cidade desapareceu.
Surgiram a GANÂNCIA, a DESCONFIANÇA, o primeiro
ROUBO, o ÓDIO, a DISCÓRDIA,
as pessoas se XINGARAM pela primeira vez
e passaram a IGNORAR-SE pelas ruas.
Como era o mais querido da cidade,
o garoto foi a primeiro a sentir-se TRISTE e SOZINHO,
o que o fez o menino procurou a velha para perguntar-lhe
e dizer-lhe se aquilo fazia parte
da riqueza que ele acumularia.
Não a encontrando mais, ele tomou uma decisão.
Pegou uma grande carriola,
colocou todos os seus floquinhos em cima
e caminhou por toda a cidade
distribuindo aleatoriamente seu CARINHO.
A todos que dava CARINHO, apenas dizia:
"Obrigado por receber meu carinho".
Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos,
ele distribuiu até o último CARINHO sem receber um só de volta.
Sem que tivesse tempo
de sentir-se sozinho e triste novamente,
alguém caminhou até ele e lhe deu CARINHO.
Um outro fez o mesmo...
Mais outro... e outro...
até que definitivamente a aldeia voltou ao normal.
MORAL DA HISTÓRIA:
Nunca devemos fazer as coisas pensando em receber em troca.
Mas devemos fazer sempre.
Lembrar que um amigo existe é muito importante.
Muito mais importante do que cobrar
dos outros que se lembrem de você,
pois assim, você estará querendo acumular amizades
sem fazer o seu papel de amigo.
Receber CARINHO é muito bom.
E o simples gesto de lembrar que um amigo existe
é a forma mais simples de fazê-lo.
Recebi como: Autoria Desconhecida
Nossa liberdade
Mesmo solitários, não deixamos de ser duas partes, uma, deseja ficar em profundo silêncio, outra quer gritar ao mundo o desejo de amar. Mesmo doentes, não deixamos de ter dois desejos, um quer a cura imediata, sair da prostração, outro quer permanecer cercado de cuidados, atenção... Mesmo perdidos em nossos devaneios, não deixamos de desejar dois destinos, um quer a glória passageira da fama, outro quer apenas a vitória sobre nossos dramas, ser feliz no anonimato do tempo. Somos assim, concâvo e convexo, luz e escuridão em uma mesma alma, uma parte que ri de qualquer coisa, e outra que chora por nada.
Contradição e certeza, amor e desinteresse, paz e guerra, desejos e saciedade. Estranhos personagens que habitam em nós,
nessa novela chamada vida. Por isso, não se estranhe! Viva cada momento da sua vida com intensidade, lembre-se mais das coisas boas, e por favor, esqueça-se dos maus momentos. Aposente as dores, distraia a ilusão, faça um trato com o amor, e ame muito, e mais do que nunca, esqueça qualquer rancor, perdoe todas as ofensas, toda as pessoas, as que já fizeram algo que você não gostou, e aquelas que ainda nem erraram. Seja livre! Tudo só vale a pena com a liberdade, até para dizer que quer ficar preso ao velho amor, preso ao velho emprego, preso ao velho sonho, preso em você. Isso é liberdade total! Essa capacidade de dizer que se ama e que vale a pena, "ser feliz é uma doce prisão da nossa liberdade de ser simplesmente o que somos! "
Paulo Roberto Gaefke
Equilíbrio é a habilidade de olhar para
Uma pessoa equilibrada será capaz de apreciar a belezae o significado de cada situação seja ela adversa ou favorável.Equilíbrio é a habilidade de aprender com a situaçãoe de prosseguir com sentimentos positivos.É estar sempre alerta, ser totalmente focado, e ter uma visão ampla.Equilíbrio vem do entendimento, humildade e tolerância.O mais elevado estado de equilíbrio é voar livre de tudo e,ainda assim,manter-se firmemente enraizadona realidade do mundo.Autor: Brahma Kumaris
elas só podem brilhar no céu.
Não tente deter o vento,
ele precisa correr por toda parte,
ele tem pressa de chegar, sabe-se lá aonde.
As lágrimas?
Não as seque,
elas precisam correr na minha,
na sua, em todas as faces.
O sorriso!
Esse, você deve segurar,
não o deixe ir embora, agarre-o!
Persiga um sonho,
mas, não o deixe viver sozinho.
Alimente a sua alma com amor,
cure as suas feridas com carinho.
Descubra-se todos os dias,
deixe-se levar pelas vontades,
mas, não enlouqueça por elas.
Abasteça seu coração de fé,
não a perca nunca.
Alague seu coração de esperanças,
mas, não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-as.
Se perder um amor, não se perca! Se o achar, segure-o! Circunda-se de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada.
Autor: Fernando Pessoa
quarta-feira, 23 de julho de 2008
SÃO MORTOS OS QUE NUNCA ACREDITARAM
São mortos os que nunca acreditaram
Que esta vida é somente uma passagem,
Um atalho sombrio, uma paisagem
Onde os nossos sentidos se poisaram.
São mortos os que nunca acreditaram
De entre escombros a Torre de Menagem
Dos seus sonhos de orgulho e de coragem,
E os que não riram e os que não choraram.
Que Deus faça de mim, quando eu morrer,
Quando eu partir para o País da Luz,
A sombra calma de um entardecer,
Tombando, em doces pregas de mortalha,
Sobre o teu corpo heróico, posto em cruz,
Na solidão dum campo de batalha!
Autora: Florbela Espanca
Quando vier me visitar, Traga flores, Muitas delas... Mas não esqueça de tirar-lhes Os espinhos que machucam, As folhas envelhecidas, Os galhos secos, As dores embutidas...
Quando vier me visitar, Traga flores, Muitas delas... Perfumadas, coloridas, alegres: Todas parecidas com você!
Quando vier me visitar, Traga você por inteiro... As flores? Nem sei se vai precisar!
Autora: Débora Bellentani
sábado, 19 de julho de 2008
SAUDADE Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade de um filho que estuda fora. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter. Saudade é basicamente não saber. Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada; se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial; se ela aprendeu a estacionar entre dois carros; se ele continua preferindo Malzbier; se ela continua preferindo Margarita; se ela continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados; se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor; se ela continua cantando tão bem; se ela continua detestando o Mc Donald's; Se ele continua amando; Se ela continua a chorar até nas comédias. Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos; Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento; Não saber como frear as lágrimas diante de uma música; Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer; Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler... (Autor: Miguel Falabella) | |
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quarta-feira, 16 de julho de 2008
Oração da Vida
A vida é uma beleza. Admire-a.
A vida é um sonho. Faça que se torne realidade.
A vida é um desafio. Enfrente-o.
A vida é um dever. Cumpra-o.
A vida é preciosa. Cuide dela.
A vida é riqueza. Conserve-a.
A vida é um mistério. Explore-o.
A vida é promessa. Tenha esperança.
A vida é tristeza. Supere.
A vida é um hino. Cante-o.
A vida é um combate. Vença.
A vida é uma aventura. Conduza-a.
A vida é felicidade. Mereça-a.
A vida é vida. Defenda-a.
(Madre Teresa de Calcutá)
COMEÇAR DE NOVO
Erros passados, tristezas contraídas, lágrimas choradas, desajustes crónicos!...
Às vezes, acreditas que todas as bênçãos jazem extintas, que todas as portas se mostram cerradas à necessária renovação!...
Esqueces-te, porém, de que a própria sabedoria da vida determina que o dia se refaça cada manhã.
Começar de novo é o processo da Natureza, desde a semente singela ao gigante solar...
Se experimentaste o peso do desengano, nada te obriga a permanecer sob a corrente do desencanto. Reinicia a construção de teus ideais, em bases mais sólidas, e torna ao calor da experiência, a fim de acalentá-los em plenitude de forças novas.
O fracasso visitou-nos em algum tenta-me de elevação, mas isso não é motivo para desgosto e auto piedade, porquanto, frequentemente, o malogro de nossos anseios significa ordem do Alto para mudança de rumo, e começar de novo é o caminha para o êxito desejado.
Temos sido desatentos, diante dos outros, cultivando indiferença ou ingratidão; no entanto, é perfeitamente possível refazer atitudes e começar de novo a plantação da simpatia, oferecendo bondade e compreensão àqueles que nos cercam.
Teremos perdido afeições que supúnhamos inalteráveis; todavia, não será justo, por isso, que venhamos a cair em desânimo.
O tempo nos permite começar de novo, na procura das nossas afinidades autênticas, aquelas afinidades suscetíveis de insuflar-nos coragem para suportar as provações do caminho e assegurar-nos o contentamento de viver.
Desfaçamos-nos de pensamentos amargos, das cargas de angústia, dos ressentimentos que nos alcancem e das mágoas requentadas no peito! Descerremos as janelas da alma para que o sol do entendimento nos higienize e reaqueça a casa íntima.
Tudo na vida pode ser começado de novo para que a lei do progresso e de aperfeiçoamento se cumpra em todas as direções.
Efetivamente, em muitas ocasiões, quando desprezamos as oportunidades e tarefas que nos são concedidas na Obra do Senhor, voltamos tarde a fim de revisá-las e reassumi-las, mas nunca tarde demais!...
EMMANUEL
COMEÇAR DE NOVO
(Do livro "Alma e Coração", Francisco Cândido Xavier)
Quando se vê já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, passaram-se 50 anos!
e iria jogando, pelo caminho,
a casca dourada e inútil das horas...
(Mário Quintana)
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Meu Sonho de Amor
Perdi o conto das lágrimas no meu rosto
Meus olhos envoltos numa pálida bruma
Meu coração queimando como o sol de Agosto
Mas tuas meigas mãos secaram o meu pranto
Com um lenço branco de pétalas de rosa
Teus lábios envolveram como por encanto
Minha triste boca de carícias sequiosa
Toda a ternura nesse momento sentida
Fez renascer a esperança já perdida
Quando lado a lado nem para mim olhavas
Reacendeu assim um amor como um vulcão
Que de repente entrou em erupção
Arrastando-nos consigo nas suas lavas
Conta a lenda que uma jovem mariposa - de corpo frágil e alma sensível - voava ao sabor do vento certa tarde, quando viu uma estrela muito brilhante, e se apaixonou. Excitadíssima, voltou imediatamente para casa, louca para contar à mãe que havia descoberto o que era o amor. - Que bobagem! - foi a resposta fria que escutou. - As estrelas não foram feitas para que as mariposas possam voar em torno delas. Procure um poste ou um abajur, e se apaixone por algo assim; para isso nós fomos criadas. Decepcionada, a mariposa resolveu simplesmente ignorar o comentário da mãe, e permitiu-se ficar de novo alegre com a sua descoberta. - Que maravilha poder sonhar!- pensava. Na noite seguinte, a estrela continuava no mesmo lugar, e ela decidiu que iria subir até o céu, voar em torno daquela luz radiante, e demonstrar seu amor. Foi muito difícil ir além da altura com a qual estava acostumada, mas conseguiu subir alguns metros acima do seu vôo normal. Entendeu que, se cada dia progredisse um pouquinho, iria terminar chegando à estrela, então armou-se de paciência e começou a tentar vencer a distância que a separava de seu amor. Esperava com ansiedade que a noite descesse, e quando via os primeiros raios da estrela, batia ansiosamente suas asas em direção ao firmamento. Sua mãe ficava cada vez mais furiosa: - Estou muito decepcionada com a minha filha - dizia. - Todas as suas irmãs, primas e sobrinhas já têm lindas queimaduras nas asas, provocadas por lâmpadas! Só o calor de uma lâmpada é capaz de aquecer o coração de uma mariposa; você devia deixar de lado estes sonhos inúteis, e arranjar um amor que possa atingir. A jovem mariposa, irritada porque ninguém respeitava o que sentia, resolveu sair de casa. Mas, no fundo - como, aliás, sempre acontece - ficou marcada pelas palavras da mãe, e achou que ela tinha razão. Por algum tempo, tentou esquecer a estrela e apaixonar-se pela luz dos abajures de casas suntuosas, pelas luminárias que mostravam as cores de quadros magníficos, pelo fogo das velas que queimavam nas mais belas catedrais do mundo. Mas seu coração não conseguia esquecer a estrela, e, depois de ver que a vida sem o seu verdadeiro amor não tinha sentido, resolveu retomar sua caminhada em direção ao céu. Noite após noite, tentava voar o mais alto possível, mas quando a manhã chegava, estava com o corpo gelado e a alma mergulhada na tristeza. Entretanto, à medida que ia ficando mais velha, passou a prestar atenção em tudo que via à sua volta. Lá do alto, podia enxergar as cidades cheias de luzes, onde provavelmente suas primas, irmãs e sobrinhas já tinham encontrado um amor. Via as montanhas geladas, os oceanos com ondas gigantescas, as nuvens que mudavam de forma a cada minuto. A mariposa começou a amar cada vez mais sua estrela, porque era ela quem a empurrava para ver um mundo tão rico e tão lindo. Muito tempo se passou, e um belo dia ela resolveu voltar à sua casa. Foi então que soube pelos vizinhos que sua mãe, suas irmãs, primas e sobrinhas, e todas as mariposas que havia conhecido já tinham morrido queimadas nas lâmpadas e nas chamas das velas, destruídas pelo amor que julgavam fácil. A mariposa, embora jamais tenha conseguido chegar à sua estrela, viveu muitos anos ainda, descobrindo toda noite algo diferente e interessante. E compreendendo que, às vezes, os amores impossíveis trazem muito mais alegrias e benefícios que aqueles que estão ao alcance de nossas mãos.
(Paulo Coelho)
domingo, 13 de julho de 2008
Morri ontem à noitinha
Quando me senti sòzinha
Chorando pus-me a cantar
Minha dor era só minha
Dentro de mim já velhinha
Que andava para me matar
Foram tristes meus lamentos
Mostravam meus sofrimentos
Com voz de tanto penar
Só pode cantar assim
Quem sofreu mágoas sem fim
Que muito chorou de amar
Ai meu amor meu amor
Que saudades do alvor
Das madrugadas tão belas
Com lágrimas e alegrias
Ao toque de Avé Marias
Mãos dadas pelas vielas
Porque partiste sem mim
Porque partiste assim
Sem dizeres que se passava
Hoje só sinto a amargura
E já não tenho a doçura
Da boca que me beijava
Peguei na fotografia
Que era a minha companhia
E com ela amachucada
Perdi a esperança meu Deus
Rasguei-a disse-lhe adeus
Sem alvor na madrugada
Autora: Maria do Céu Oliveira