sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Da próxima vez não irei sozinho
guardo-te o pão e o vinho
Acenderei a lanterna dentro do peito
para que veja o caminho
Sorrirei às aves que passam
e soletrarei o teu nome baixinho
Da próxima vez eu adivinho
qual o vinho que te levo
se aquele em que te sonho
se aquele em que sôfrego te bebo
e também qual a música que ponho
se aquela em que te choro
se aquela em que te sonho
Da próxima vez eu juro
não irei sozinho
levarei comigo o muro
que lentamente ergueste
aquele onde escondeste
todas as farpas que me atiraste
todas as setas que falhaste
e todas as que acertaste também
Da próxima vez chamo-te baixinho
à janela dos meus olhos
e ponho-me a jeito
para mais uma farpa no peito
que já é uma ferida
de tanto te amar
Da próxima vez
eu juro
que me vou calar
e só os pássaros me ouvirão chorar!
são reis
270214
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