quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014






















SOFIA VALADARES

Amei-te
com toda a intensidade do meu Ser
ancorei-me a ti
(sem saber o porquê)
em cada suspiro e desejo
abracei-te e contemplei-te
ansiei atingir toda a plenitude
do que és e do que em mim depositavas
quando sussurravas ao meu ouvido
que me amavas,
quando em cada noite
o nosso corpo e a nossa alma
fervorosamente se entregavam
compondo a melodia do nosso Amor,
embalando com carinho
as sensações e sentimentos
que inundavam de cores e aromas
o nosso quarto.

Contudo, tu foste apenas uma onda
que invadiu o Mar
sem nunca mergulhar completamente
na verdade do meu Ser.

Tu
nunca chegaste a revelar-te inteiramente,
apenas o meu olhar via em ti
uma ilusão do sentimento que por mim possuías.

Abandonaste-me na areia
ríspida e fria
que esmoreceu as minhas esperanças
rasgou com crueldade os meus sentimentos
que pulsaram a sua dor
soltando sobre o meu olhar
e o meu peito
as águas puras
que como num rio
percorreram a madrugada
romperam a beleza do Luar
e o esplendor do novo amanhecer.




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